O atual ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), prestar esclarecimentos hoje na Câmara Federal, sobre críticas a parlamentares.Deputados cearenses dizem aguardar pedidos de desculpas de Cid. Na semana passada, depois de ele alertar para a existência de “400 ou 300 achacadores” na Casa, deputados convocaram o ministro de Dilma para esclarecer declarações.
“Esperamos no mínimo uma retratação, pedindo desculpas ao Parlamento e que ele se comprometa a não ser reincidente a essa postura antidemocrática”, garantiu o deputado Danilo Forte (PMDB). Para ele, Cid encontrará um ambiente hostil no plenário da Câmara. O peemedebista explica ainda a postura do ex-governador como fruto de uma prática comum enquanto estava à frente do Executivo.
Menos simpáticos a Cid, os deputados Raimundo Gomes de Matos (PSDB) e Vitor Valim (PMDB) dizem esperar uma tentativa de explicar o inexplicável e reconhecer o calor da emoção em seus dizeres. “Não é dessa maneira. Precisa ter cautela. Cid não pode sair metralhando. Se o PMDB tem pessoas desonestas que ele aponte quem são”, alfinetou Valim.
Matos destaca o fato de que em “anos passados, quando Lula disse o mesmo, não houve reação ao então pré-candidato à Presidência, porque, naquele período, não se tinha esse ambiente de crise política. Hoje, essa instabilidade política gerou total desconforto na Câmara”. Em 1993, Lula falou de “300 picaretas que defendem seus próprio interesses”.
Valorização de críticas
Para os cearenses contrários à convocação de Cid para pôr o tema a limpo, houve uma valorização das palavras do titular da Educação. O foco da Câmara, alega a base governista, deve voltar-se às críticas de todos os brasileiros. “A preocupação central da Câmara é sobre o que o povo tem dela e não do que Cid tem sobre ela e seus integrantes”, justificou o deputado Antônio Balhmann (Pros). De acordo com o líder da bancada cearense, mesmo sem ter tido contato com Cid desde a polêmica, aguarda-se agora que, na Câmara, o ex-governador do Ceará faça ponderações às suas declarações.
Ao tentar desviar o foco das críticas dos parlamentares ao companheiro de partido, Balhmann lembrou por fim o fato de constar na lista dos investigados na Operação Lava Jato o nome presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). “São essas coisas que chegando na população denigrem a Casa”, criticou.
Para o pedetista André Figueiredo, a Câmara agiu de forma extrema ao convocar Cid. Segundo ele, o ministro, se convidado, não teria negado comparecimento para dar explicações. “Ele fala algumas frases de efeito e que nós cearenses estamos acostumados. Ele não quis diminui a Câmara”, explica o deputado.
O deputado diz esperar do ministro esclarecimentos que confirmem o respeito de Cid Gomes ao Congresso Nacional e, mais especificamente, à Câmara.
Mesmo com rumores quanto à ida de Cid Gomes ao Plenário da Câmara, o Ministério da Educação (MEC) confirmou a ida do ex-governador cearense para amanhã, quarta-feira, às 15 horas.
Fonte: Jornal O Povo
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