Heitor Férrer fez críticas à desvalorização dos carros da Polícia FOTO: José Leomar
O deputado Heitor Férrer (PDT), em seu pronunciamento, na tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, criticou leilão do Governo do Estado para a venda de cerca de 66 veículos que serviram as polícias do Ceará nos últimos seis anos. A reclamação do parlamentar se dá porque cada um dos equipamentos, que foram adquiridos pela gestão por até R$ 178 mil, poderão ser vendidos por somente R$ 26 mil cada.
O parlamentar afirmou que muito se gastou com a Segurança Pública no Estado com poucos resultados para a maior parte da população, destacando que se somados os valores de compra dos 66 carros ao custo R$ 178 mil cada, chegaria a um total de R$ 11,7 milhões todos. Somente com conserto e manutenção destes equipamentos, o pedetista aponta que foram gastos algo em torno de R$ 1 milhão, sendo que de 2008 a 2013 foram gastos R$ 22,8 milhões entre compra e prevenção.
“Esses carros são ‘moscas mortas’ e o Estado deu para o leiloeiro o valor máximo pelos 66 carros de R$ 1,7 milhão sendo que eles custaram R$ 22 milhões ao longo dos últimos anos”, reclamou.
Para ele, o erro da atual gestão foi acreditar que se combateria a violência em todo o Estado com “carros luxuosos” e não combatendo o aumento do consumo e tráfico de drogas, assim como ajuda aos dependentes químicos.
“Está provado que nada disso redundou em sucesso”, apontou. O parlamentar lamentou também o aumento dos assassinatos que no ano passado superou a marca dos 4,4 mil homicídios, enquanto que em 2006, no fim do mandato do ex-governador Lúcio Alcântara eram pouco mais que 1,7 mil assassinatos no Ceará.
Férrer ressaltou também que a política pública no Ceará deveria visar o combate às formas de crimes no Estado, o que para ele não vem ocorrendo. “Isso é tripudiar com a pobreza pela qual o Estado passa. Por isso somos contra a compra desses carros de luxo desde o início. Esse programa redundou em fracasso”, disse o parlamentar ao avisar que vai entrar com ação no Tribunal de Contas do Estado (TCE) para verificar o leilão realizado.
do Blog Política/DN
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