Minha
experiência na área da educação, desde quando ingressei no magistério
ainda nos meus 17 anos, e agora como coordenador geral do Colégio
Luciano Feijão, tem me proporcionado boas reflexões sobre o desafio de
ser um educador. Embora atualmente exerça o magistério no Ensino
Superior, sei que os desafios do professor não são diferentes, não
obstante a complexidade que envolve as diversos graus de ensino.
Causa-me espanto e perplexidade a desvalorização e o desrespeito ao
professor numa época em que o conhecimento é um diferencial inarredável
para o sucesso profissional e para consolidação dos princípios
democráticos, em especial em se tratando do saber como fundamento maior para a proteção da dignidade da pessoa humana.
É
de fato paradoxal! Nossa sociedade, limitada por uma visão capitalista,
vivencia uma cegueira de valores, sem se importar para o crucial papel
do educador na construção e na formação do educando. Imaginam os
desavisados que ao professor só compete a tarefa de transmitir
conhecimentos, ignorando o fato de que a missão de educar implica a
disseminação de um conjunto de
valores que são transmitidos, os quais naturalmente impactarão
sobremaneira na edificação de uma sociedade atuante, crítica e
solidária.
Ao
desvalorizarmos o profissional da educação, estamos relegando toda uma
sociedade a soçobrar no abismo da mediocridade, numa absoluta e
desregrada inversão de prioridades, comprometendo as bases do
desenvolvimento sustentável e o futuro das gerações vindouras. Afinal,
um país sem mestres é uma nação sem prosperidade, sem meta e sem rumo,
navegando num mar tormentoso sem leme, sem bússola, entregue ao
relativismo cego e desprovido da dialética mínima, tão crucial para o
resguardo do imperativo categórico da ética.
Sem
mestres seremos presas vulneráveis dos ditadores, dos usurpadores, dos
prepotentes, daqueles que se acham acima do bem e do mal; com mestres,
somos capazes de perscrutar o belo, sem perder de vista a criticidade, a
visão sistêmica dos fatos e a capacidade de repugnar
os desonestos e os manipuladores da boa-fé. É no conhecimento que se
lapida o homem e o torna fonte irradiadora da vida em sua plenitude. O
conhecimento liberta, transforma, edifica. O conhecimento nos resgata da
carnificina imoral do egocentrismo e nos concita a construir pontes que
nos liga um ao outro pelo primado do respeito mútuo e pela certeza de
que não vislumbraremos a liberdade plena enquanto restar um irmão nosso preso aos grilhões da escravidão da fome, da ausência de oportunidade, da negação de direitos.
Portanto,
antes de desvalorizar um professor ou percebê-lo com um mero reprodutor
do conhecimento, pense no grande mal que essa visão distorcida trará para o futuro do nosso país.
E
termino por me dirigir agora aos nossos mestres, com o propósito de
dizê-los que mesmo a meio das adversidades e da absoluta falta de
compreensão de muitos jamais se
envergonhem de sua profissão, ao contrário sintam-se honrados dessa
missão que lhes foi confiada pois em vossas mãos estão depositados os
sonhos mais nobres e a esperança última da sociedade. Permitam-me finalizar
esse texto reflexivo com uma frase que levo há muito para a minha vida,
de um cearense visionário e desbravador: “Se algum dia vocês forem
surpreendidos pela injustiça ou pela ingratidão, não deixem de crer na
vida, de engrandecê-la pela decência, de construí-la pelo trabalho.”
Diletos Mestres , Aristóteles apregoava : " A grandeza não está em receber honras, mas em merecê-las." A semente do saber plantada pelos nobres educadores nos leva à reflexão da sabedoria oriental : " Se quiseres fazer um investimento por um ano, planta um roçado. Se desejas investir para dez anos, planta um arvoredo. Mas se pretendes investir para toda a vida, dá educação para o povo. " R
ResponderExcluirDiletos Mestres, Aristóteles apregoava : " A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las. " A semente do saber plantada pelos nobres educadores nos leva à reflexão da sabedoria oriental : " Se quiseres fazer um investimento por um ano, planta um roçado. Se desejas investir para dez anos, planta um arvoredo. Mas se pretendes investir para toda a vida, dá educação para o povo. " R
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