O Brasil não tem se dado conta de que o crescimento alarmante de usuários de drogas é um problema de saúde pública da mais alta gravidade. Muitas vezes esperamos resolver o tema com a mudança de nossa legislação, isto é, pena mais dura para o traficante. Claro que esse caminho é necessário, uma vez que a impunidade é um motor acelerador do crime. Todavia, sabe-se que a ação ostensiva ou a coercibilidade não são suficientes para solucionar esse grave problema.
Todos os dias, basta acompanhar os notíciários, vimos fatos horripilantes que dilaceram jovens e famílias em virtude da proliferação das drogas. Rouba, Mata, Morre. Declinar verbos como estes traduzem o descortinamento da degradação de nossa sociedade e o apodrecimento das relações mínimas de civilização.
Estamos vivendo uma época de falência moral. Os pais perderam a autoridade sobre os filhos. O Estado é inoperante para proporcionar uma educação de qualidade. Vive-se um relativismo ético, o que faz se impor o imperativo da corrupção em prejuízo da probidade. Autoridades se digladiam ao público acusando-se reciprocamente. Enquanto isso uma massa de jovens desajustada e sem referencial se atira em uma escalada de subversão despropositada, imergindo-se no abismo das práticas nefastas e imorais.
São, na verdade, presas fáceis do narcotráfico. Vão invadir as nossas casas e matar nossos entes queridos. Tudo em nome de um desejo nocivo que é alimentado por uma sociedade negligente, omissa, que não é capaz de oferecer à junventude uma opção de vida saudável e edificadora.
Culpá-los, tão somente, é criar a política de transferência de responsabilidade, tão comum neste país. Não dá mais para assistir a essa degradação. Tenho certeza que o consumo de drogas é proporcional a desestrura familiar e a inoperência do Estado.
Comentários
Postar um comentário