Li e indico o livro MICROFÍSICA DO PODER, de Michel Foucault(editora Graal). Embora sua primeira edição nos tenha chegado na década de 70 do século passado, nada vi mais atualizado para refletir sobre os grandes temas da contemporaneadade, mormente ao tratar-se da análise do Poder nas sociedades capitalistas, destacando-se sua natureza, seu exercício em instituições, sua relação com a produção da verdade e as resistências que suscita.
O autor mergulha nos conceitos da verdade e do poder e se agiganta ao referir-se sobre a justiça popular, a geneologia e a história. Arrisca-se, em sua verve crítica, em traçar luzes sobre temas como a saúde do Século XVIII, os intelectuais e o poder e a história da sexualidade.
A idéia básica de Foucault é de mostrar que as relações de poder não se passam fundamentalmente nem ao nível do direito, nem da violência, nem são basicamente contratuais nem unicamente repressiva. Suaviza ao dizer que todo ponto de exercício do poder é, ao mesmo tempo, lugar de formação do saber. Nesse ínterim, sabe-se que o grande dilema é a apropriação do poder e da verdade pelo homem. A quem ele serve ou a quem ele se propõe a servir!!! Essas questões nos inquietam e devem ser cuidadosamente refletida. Afinal, o poder deve remeter o homem ao conhecimento e não torná-lo algoz de sua espécie. Essa subversão é talvez a razão maior da dogmatização da sociedade sob os pilares de quem manda e de quem obedece. Tal dicotomia atropela os conceitos e provoca um reducionismo semântico do tema.
Confira o livro. Você vai se deleitar com o tema.
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