Pela riqueza das observações e a inteligência primorosa dos argumentos, resolvi transcrever, na íntegra, o e-mail recebido do meu grande amigo Dr. Vitor dos Santos, Psicólogo e Consultor em Gestão de Pessoas, com quem compartilho grandes momentos de debates sobre os mais variados temas, no Colégio Luciano Feijão. Trata-se de uma análise sobre o tema liderença (ver a postagem, do dia 11/03/2009, na barra de ferramentas - A DÍFÍCIL TAREFA DE SER LÍDER: RESPONSABILIDADE X CONIVÊNCIA):
"Carlos,
Acabei de ler o seu texto e ele é bom.
Porém continua as ambigüidades:
Liderança é nata ou se desenvolve. Se for nata em todos os lugares somos líderes, pois faz parte de nossa personalidade, nosso temperamento e caráter. Se for aprendida podemos desenvolver técnicas e ações dependendo do contexto onde estamos. A meu ver a liderança tem as duas gêneses e pode ser exercida em diferentes contextos. Digo, pois diferentes da honestidade, da justiça, esperança e outros conceitos que não devem depender do contexto para ser exercida a liderança depende do contexto, pois não há padrão no comportamento humano. A diversidade do ser humano faz com que a liderança seja algo quase ilógico e de pensamento não linear, quando falamos em aplicar em pessoas esta liderança. O líder tem um contexto - planejamento, metas, produção, resultados - que tem de ser traduzido para um humano diverso - expectativas, valores, emoções, pensamentos, ou seja, tem de haver liderança no conteúdo e ainda mais na forma. Concordo plenamente que a subserviência e a conivência não possuem justificativas, mas ao mesmo tempo temos que "deixar de ser sendo", ser e estar no contexto do outro sem perder suas convicções e objetivos profissionais e organizacionais, e assim sendo exemplos de "contextos (conteúdo) e contextualizações (forma)". Liderança é valor ou competência. Se for valor transpassa toda ação se for competência depende do contexto.
Liderança compartilhada ou permissividade e conivência. Se eu pudesse descrever o maior mal das organizações diria que é a vaidade, ela exige a insegurança e a centralização. Digo isso porque é muito difícil saber o limiar da liderança compartilhada onde o espaço para a expressão do outro e a transparência da gestão do líder são evidentes e a falta de competência técnica em delimitar este espaço permitindo que ações sem acompanhamento e apoio, sem rotina e parâmetros definidos sejam desastrosamente executadas. Saber definir este limiar é o supra-sumo dos desafios do líder, pois envolve muita competência interpessoal (saber ouvir, falar, delegar, gerir, desenvolver, elaborar, etc.).
Maus líderes ou maus funcionários. Outra bipolaridade presente nas empresas, que não se finda e é permeada por um mar de justificativa. É a resposta de quem é a culpa quando algo dá errado? Logicamente que quando lidamos com produtos com padrões rígidos e pré-definidos de qualidade e que possuem processos bem dimensionados a verificação do ponto crítico de onde surgiu o erro fica claro. Porém, quando falamos em serviços e em questões de gestão de pessoas entramos em um mundo tão diversificado e nebuloso que muitos se reduzem há definir como juízes os culpados pelos erros. Por outro lado, quando falamos de líderes centralizadores, pouco transparentes e autoritários a culpa é definitivamente do outro. É certo que existem os maus funcionários que se disfarçam em ações isoladas para demonstrar produção e perícia na sua rotina de trabalho. Quando não fazem isso realmente deixam clara a incompetência e são desligados da empresa. Mas esta ambigüidade é de longe outro fator no tema liderança difícil de ser esclarecida.
Carlos, essas são algumas de várias questões que rondam o tema liderança e que se você puder jogar uma luz seria super interessante.
Desculpe não me deter somente no texto, mas ele me inspirou a escrever outras reflexões sobre o tema. Talvez não seja nem o momento oportuno e nem o objetivo de seu pedido da minha avaliação, mas como não é sempre que eu leio um bom texto e há muito tempo não escrevia nada sobre o assunto aproveitei a ocasião.
Parabéns pelo texto e pelo blog mais uma vez.
Um grande abraço,
Vitor"
Acabei de ler o seu texto e ele é bom.
Porém continua as ambigüidades:
Liderança é nata ou se desenvolve. Se for nata em todos os lugares somos líderes, pois faz parte de nossa personalidade, nosso temperamento e caráter. Se for aprendida podemos desenvolver técnicas e ações dependendo do contexto onde estamos. A meu ver a liderança tem as duas gêneses e pode ser exercida em diferentes contextos. Digo, pois diferentes da honestidade, da justiça, esperança e outros conceitos que não devem depender do contexto para ser exercida a liderança depende do contexto, pois não há padrão no comportamento humano. A diversidade do ser humano faz com que a liderança seja algo quase ilógico e de pensamento não linear, quando falamos em aplicar em pessoas esta liderança. O líder tem um contexto - planejamento, metas, produção, resultados - que tem de ser traduzido para um humano diverso - expectativas, valores, emoções, pensamentos, ou seja, tem de haver liderança no conteúdo e ainda mais na forma. Concordo plenamente que a subserviência e a conivência não possuem justificativas, mas ao mesmo tempo temos que "deixar de ser sendo", ser e estar no contexto do outro sem perder suas convicções e objetivos profissionais e organizacionais, e assim sendo exemplos de "contextos (conteúdo) e contextualizações (forma)". Liderança é valor ou competência. Se for valor transpassa toda ação se for competência depende do contexto.
Liderança compartilhada ou permissividade e conivência. Se eu pudesse descrever o maior mal das organizações diria que é a vaidade, ela exige a insegurança e a centralização. Digo isso porque é muito difícil saber o limiar da liderança compartilhada onde o espaço para a expressão do outro e a transparência da gestão do líder são evidentes e a falta de competência técnica em delimitar este espaço permitindo que ações sem acompanhamento e apoio, sem rotina e parâmetros definidos sejam desastrosamente executadas. Saber definir este limiar é o supra-sumo dos desafios do líder, pois envolve muita competência interpessoal (saber ouvir, falar, delegar, gerir, desenvolver, elaborar, etc.).
Maus líderes ou maus funcionários. Outra bipolaridade presente nas empresas, que não se finda e é permeada por um mar de justificativa. É a resposta de quem é a culpa quando algo dá errado? Logicamente que quando lidamos com produtos com padrões rígidos e pré-definidos de qualidade e que possuem processos bem dimensionados a verificação do ponto crítico de onde surgiu o erro fica claro. Porém, quando falamos em serviços e em questões de gestão de pessoas entramos em um mundo tão diversificado e nebuloso que muitos se reduzem há definir como juízes os culpados pelos erros. Por outro lado, quando falamos de líderes centralizadores, pouco transparentes e autoritários a culpa é definitivamente do outro. É certo que existem os maus funcionários que se disfarçam em ações isoladas para demonstrar produção e perícia na sua rotina de trabalho. Quando não fazem isso realmente deixam clara a incompetência e são desligados da empresa. Mas esta ambigüidade é de longe outro fator no tema liderança difícil de ser esclarecida.
Carlos, essas são algumas de várias questões que rondam o tema liderança e que se você puder jogar uma luz seria super interessante.
Desculpe não me deter somente no texto, mas ele me inspirou a escrever outras reflexões sobre o tema. Talvez não seja nem o momento oportuno e nem o objetivo de seu pedido da minha avaliação, mas como não é sempre que eu leio um bom texto e há muito tempo não escrevia nada sobre o assunto aproveitei a ocasião.
Parabéns pelo texto e pelo blog mais uma vez.
Um grande abraço,
Vitor"
Um bom lider é aquele que não fecha os olhos ou se cala diante de certos momentos, para não por em risco interesses pessoais,é aquele que sabe calar e ouvir,que não fica apénas no discurso, e procura mudar uma realidade que muitas vezes vai de encontro a vontades pessoais.Um lider ele não é feito apénas de palavras mais de atos sérios e verdadeiros,que vão beneficiar uma grande coletividade;ex:DEUS
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