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Envelhecer dói, por Tânia Fusco


Enquanto pudermos curtir os Stones em carne e osso, não estamos velhos. A afirmativa está no livro The Rolling Stones, de Cristopher Sandford, sobre a banda, que tem subtítulo pretencioso -“A biografia definitiva”. Definitivo mesmo só a morte e os filhos. Os dois não têm volta. Não há ex-filho, muito menos – e lamentavelmente - ex-morte.
Mas a frase, além de boa, é um alento. No mínimo, ainda haverá uma próxima super turnê internacional dos roqueiros setentões, com suas roupas coladas e seu sonzão que, desde os anos 60, embala e delicia quem gosta do rock.
Sonzão e embala me entregam, né? Tenho mais de 50. Estou entre os mais doídos, porque ainda por cima sou mulher. Envelhecer dói mais ainda nas mulheres. (Preciso mesmo explicar por quê?) E nem me venha com o eufemismo de “melhor idade”. Melhor pra quem, cara pálida?
Melhor mesmo é ter 20 anos. Tudo em cima. Inocência e alegria de ainda botar muita fé na vida, na política, etc. Estou mais sábia? Tenho mais conhecimento, mais vivência, diria. Estou mais saudável? Mais bonita? Claro que não. Mais divertida, menos ansiosa? Sei não. Mais interessante? Também não.
Isso de ser “mais interessante” é outro dos eufemismos/delicadeza que arranjaram pra aliviar a dor de ser “mais” de 50. Conheci uma mulher muito interessante... Pode ter certeza. Ela tem bem mais do que 40.

Leia a íntegra em Envelhecer dói

 

Tânia Fusco é jornalista, mineira, observadora, curiosa, risonha e palpiteira, mãe de três filhos, avó de dois netos. Vive em Brasília. Às terças escreverá sobre comportamentos e coisinhas do cotidiano – relevantes ou nem tanto

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