A Província Franciscana dos 12 Apóstolos do Peru é uma instituição franciscana que faz parte da Ordem dos Irmãos Mínimos, fundada por São Francisco de Assis no século XIII e que chegou na América no século XV. Sua primeira sede em nosso continente foi em Quito, depois foram para Lima. A partir dessas duas sedes organizaram o trabalho pastoral que caracteriza a Ordem. O Peru deve também aos franciscanos estudos sobre geografia, hidrografia e pesquisas sobre a história do país.
A Basílica Menor e o Convento de São Francisco o Grande (acima), herança franciscana até hoje gerida pela Ordem, é o monumento religioso mais visitado em Lima. Construído em 1674, a igreja é considerada o melhor exemplo do estilo arquitetônico ‘Lima Barroco’. O belo portal esculpido por artesãos nativos, alunos dos frades, influenciou outras igrejas da América Colonial.
A nave central (acima) é célebre pelos tetos trabalhados no estilo conhecido como mudejar, originário da Espanha, mais precisamente das províncias de Andaluzia e Castela, que nos séculos 12 a 16 foram muito influenciadas pela sensibilidade artística e artesanal dos mouros.
Fazem parte do conjunto o Convento, as Catacumbas e a Biblioteca.
As catacumbas, imensos túneis subterrâneos, contêm os ossos de 750 mil pessoas. Em alguns dos túneis, em determinados espaços, os ossos foram empilhados em desenhos geométricos estranhos e até aflitivos.
A biblioteca conventual abriga cerca de 25 mil volumes incluindo muitas obras raras, como manuscritos, incunábulos, crônicas franciscanas, pergaminhos e algumas das primeiras publicações impressas do Peru. O Arquivo igualmente possui um riquíssimo acervo de documentos relativos à Ordem Franciscana desde sua chegada ao Peru, além de mapas, partituras, fotografias e uma pequena biblioteca auxiliar. É um tesouro para qualquer historiador.
Já o convento, é um museu de ricas obras de arte. O coro do convento tem um cadeiral todo entalhado, simplemente deslumbrante, com 130 assentos (acima) e 70 imagens de santos.
Lá podemos ver também azulejos sevilhanos que em suas pinturas contam fatos históricos, pinturas cuzquenhas de grande valor, móveis entalhados, retábulos de beleza impressionante, a estatuária barroca usada nas procissões e a prataria para o culto e também para as procissões. São várias salas, cada uma mais rica e bela do que a outra. Há quadros da escola de Rubens, outros pintados por Francisco de Zurbarán.
Abaixo vista do claustro do convento:
do Blog do Noblat
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