Pular para o conteúdo principal

MUNDO CORPORATIVO:Pesquisa mostra que 45% dos executivos não querem passar mais de três anos onde estão. Empresas reagem com políticas de retenção de pessoal

"Não é preciso ser expert em oscilações do mercado para entender que, quando o nível de competição está em alta, aumenta a rotatividade de profissionais entre as empresas. Troca-troca que se torna ainda mais veloz em setores aquecidos da economia e conhecidos pela escassez de pessoal qualificado, como petróleo e gás, construção civil, serviços e tecnologia da informação. Para se manterem estáveis diante desse cenário de concorrência acirrada, as organizações têm investido em políticas de atração e retenção de pessoal que vão bem além dos pacotes básicos de benefícios, como mostra reportagem de Paula Dias, publicada neste domingo no Boa Chance.
Para se ter uma ideia da volatilidade do mercado, um estudo realizado com 770 profissionais que ocupam cargos de liderança em 12 áreas mostra que 45% pretendem continuar em suas empresas por, no máximo, mais três anos. O levantamento, realizado pela DBM - consultoria de gestão de capital humano -, revela ainda que 63,34% dos executivos de 21 a 27 anos consideram de três a cinco anos o tempo ideal para permanecer no mesmo trabalho, contra 10% dos funcionários com mais de 63 anos.
Já dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) - que pesquisa o mercado formal de trabalho em geral - revelam que a taxa de rotatividade no país subiu de 34,3%, em 2007, para 36%.
- Não é bom para o mercado ter uma taxa tão alta. O saudável é as empresas terem uma força de trabalho com qualificação elevada, para melhorar o nível do produto, incrementar as vendas e fortalecer o mercado interno. Para chegar lá é preciso investir mais em formação - diz Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese.
A tendência soa como um aviso para as organizações. As que não estiverem preparadas para administrar elevados índices de rotatividade - investindo em ações de engajamento e reconhecimento, treinamento, pacotes abrangentes de benefícios e uma política atraente de cargos e salários - correm o risco de enfrentar fortes turbulências.
- Já não podemos falar em apagão de talentos. O que o mercado vive hoje é um furacão. Com a falta de pessoal qualificado, a disputa se intensifica e quem é capacitado troca de emprego com facilidade. Costumo dizer aos meus clientes que se hoje eles administram turn overde 5% em suas empresas, em pouco tempo terão que conviver com 15% - diz José Augusto Figueiredo, COO (sigla em inglês para executivo chefe de operações) da DBM Brasil e América Latina.
Um aspecto curioso é que, ao menos entre profissionais que ocupam posições gerenciais, a questão salarial não é a que mais pesa na hora de sair do emprego: só 7% dos entrevistados consideram remuneração inadequada um fator decisivo. Cerca de 37% afirmam que é a falta de desafios e perspectivas de crescimento a verdadeira razão para a busca de novas oportunidades. O índice é ainda maior entre quem têm 21 e 27 anos: 81,82%.
Além de investimentos em ações de transparência, faz parte desse exercício criar estratégias diferenciadas de atração e retenção de pessoas, como programas de coaching e qualidade de vida, flexibilização de horários e trabalho via home office, relaciona Glaucy Bocci, gerente do Hay Group, empresa de consultoria de gestão de negócios.
- A partir do momento que a remuneração não faz mais diferença, diferentes alternativas começam a surgir, o que indica que as empresas estão se preocupando mais em atrair e reter pessoal. Com o aquecimento e a competitividade do mercado, salário atraente é o mínimo que se pode oferecer."
Fonte: O Globo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

COLÉGIO LUCIANO FEIJÃO COMEMORA A CONSAGRAÇÃO DO BRASILEIRO MAIS JOVEM A INGRESSAR NO ITA

A saga do aluno do Colégio Luciano Feijão, Ronaldo Chaves, com apenas 15 anos, que se tornou o brasileiro mais jovem a ingressar no ITA - Instituto Tecnológico da Aeronáutica, é destaque no facebook, na página dedicada aos nordestinos brilhantes. Ronaldo Chaves foi aluno do Colégio Luciano Feijão, é de Sobral, orgulho de todos os cearenses.  

PADRE JOÃO BATISTA FROTA LANÇA O LIVRO “NAS PEGADAS DE JESUS”

Ainda não tive o prazer de ler o livro recém-lançado pelo conterrâneo Padre João Batista Frota. Em breve com certeza comentarei com vocês. Padre João é massapeense, embora radicado em Sobral há muitos anos. Tenho por ele uma profunda admiração. Não tenho dúvida de que se trata de uma excelente leitura. Li na última edição de o Jornal Correio da Semana um belo artigo do Professor Teodoro Soares e resolvi transcrever in verbis: Monsenhor João Batista Frota, professor emérito da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), depois de publicar “Marcos de esperança” e “Construindo o amanhã”, lança nesta semana seu mais recente livro “Procurando as pegadas de Jesus”. Padre João nos faz viajar com ele, ao descrever cenários e circunstâncias de sua viagem ao Oriente, ora de trem que chega a perder numa estação, ora de navio que lhe faz dançar sem querer. Seu trajeto inclui espiritualidade e realidade hodierna. Preparado para recitar o salmo 122 (“nossos passos já se detêm às tuas portas, Jerusal

NOSSA RECONHECIMENTO AO DR. FERNANDO TELES DE PAULA LIMA

Não tenho dúvidas de que a magistratura cearense tem em seus  quadros  grandes juízes, mas destaco o Dr. Fernando Teles de Paula Lima como um dos maiores expoentes dessa nova safra. Durante os dez anos de atuação na Comarca de Massapê nunca se ouviu falar de qualquer ato que desabonasse sua conduta. Ao contrário, sempre desempenhou sua árdua missão com a mais absoluta lisura e seriedade. Fato inclusive comprovado pela aprovação de seu trabalho junto à população de Massapê. Ainda hoje me deparo constantemente com muitos populares que  lamentam sua ausência e afirmam que a sua atuação como Juiz neste município garantiu a tranquilidade e a paz da população. Sem dúvida a passagem do Dr. Fernando Teles na Comarca de Massapê marcou a história do judiciário deste município. Tive a satisfação de com ele conviver nesses dez anos. Aprendi bastante. Fui testemunha de um homem sério que tratava a todos da mesma maneira, não se importando com a origem social ou  a condição econômica. Jamais se cur