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CRISE INTERNACIONAL: AS LIÇÕES QUE DEVEMOS APRENDER

Muito se tem debatido sobre o efeito da crise econômica no cenário mundial. Já tratei neste blog que o liberalismo, quando exacerbado, cria instrumentos nefastos que afetam o equilíbrio das relações econômicas. Há uma especulação desordenada e fantasiosa que faz surgir riquezas virtuais da noite para o dia; não se produz, se investe buscando lucro fácil. Perde-se a oportunidade de se edificar fundamentos econômicos sólidos. Ao contrário, estabelece-se um pacto nada virtuoso de investimentos temerários que ao menor sinal de tempestade mudam de lugar à procura de bonança.
Não acredito em um sistema que a força produtiva é relegada a segundo plano, enquanto a especulação grassa soberana. Como corolário desse caótico quadro, assistimos ao desmantelamento de economias que outrora se mantinham incólumes diante das crises. Isso prova que em mundo globalizado por mais que você faça o dever de casa, dependerá sempre do outro para o equilíbrio de todo o sistema.
Daí é imperioso a formação de um Conselho Mundial que acompanhe de perto o funcionamento dos mercados, não com um propósito regulatório ortodoxo, inconcebível nos tempos atuais,mas sim, sobremaneira, como mecanismo de freio às insanidades praticadas no cenário econômico mundial.
Importa, ainda, trazer à baila, que os países mais ricos deverão estar atentos às lições desta crise. Não há economia suficientemente forte que esteja protegida contra o mau tempo, se os fundamentos sistêmicos permanecerem fragilizados pelo calor das ideologias, pela prepotência e pelos interesses menores.

Comentários

  1. Humano, demasiado humano...

    Não creio que seja possível conter a especulação. Na economia, especular tem uma identidade real com conjecturar, criar hipóteses, apostar e, ao final, vencer ou perder. Ou seja, é muitíssimo humano. Tentar proibir é como querer revogar a lei da gravidade ou proibir o homem de avaliar prós e contras, ou, ainda, de pensar de forma dialética tese-antítese-síntese.

    Responsabilizar, talvez; proibir, nunca. Não podemos ter em mente que o mais importante no mundo é a liberdade, no seu sentido mais amplo e englobador de quase tudo. Tentativas de artificializar o comportamento humano sempre, invariavelmente na história humana, descambaram em excessos, em ditaduras.

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