Hoje cedo no Fórum me deparei com a dor de um homem simples que havia perdido a esposa há pouco mais de sete meses. Seus olhos se encheram de lágrimas ao relatar a morte da companheira com quem tinha convivido por longos anos. Tentei encorajá-lo a seguir em frente. Depois fui refletir como a morte é brutal e misteriosa. Chega-nos abrupta, traiçoeira e soberana. Não sabemos o dia (ainda bem!), mas é a única certeza que temos. Tão genial é a vida que nos faz esquecer da morte... sabemos que um dia ela baterá em nossa porta, mas torcemos bravamente que este momento seja protraído por anos-além. Mas se ela nos atinge de alguma forma, não conseguimos compreendê-la. Atiramo-nos em um abismo de dor. Resta-nos viver cada dia como se fosse o último. Aproveitar o instante como projeção do todo. Saber dizer que ama sem preocupar-se em ser correspondido. Perdoar pelo simples fato de ser humano. Fazer o bem porque só ele agrega, constroi, edifica. Afinal, não se deve perder um minuto sequer da vida
O que a vida me ensinou.