Descobri a vida depois dos 50…
Não, que não tenha vivido antes. Vivi. Vivi intensamente!!
Só que agora vivo melhor!!
Parei de me preocupar com aquilo que os outros pensam sobre mim. Parei de me preocupar com que eu mesmo penso sobre mim. Descobri-me imperfeito, vulnerável, ansioso. Ao mesmo tempo, passei a aceitar de bom grado esta vulnerabilidade. Vi-me apenas no humano, naquilo que sou, naquilo que fugi de mim.
Percebi que não vale a pena correr atrás dos ventos. Andando a gente chega lá. Só precisa de passos firmes.
Aprendi que a vida, assim como a felicidade, é movimento, é ação, é o caminho e não a chegada.
Depois dos 50, veio-me a certeza de que os dias que tenho pela frente é muito menos do que os dias que ficaram para trás. Por isso, o passado não importa. Tenho que saborear a vida como quem degusta uma pitomba e rói até o caroço. Ela é última e única.
Depois dos 50, descobri que o que a vale a pena o dinheiro não compra. Não mais me preocupo em colecionar coisas(exceto os livros), mas sim de viver momentos. Sei que um deles pode ser o último.
Aprendi que não há existe estabilidade, que para maioria das coisas eu não tenho controle, que me cabe apenas fazer a minha parte com persistência e constância.
Descobri que em família somos uma equipe, não hóspede. Isto me fez aprender a lavar os pratos, a preparar comida e os lanches dos meninos. Fez-me reconhecer o trabalho extenuante de minha esposa na labuta diária e passar a valorizar a mulher que ela se tornou.
Aprendi que a intelectualidade sem o compromisso com o outro e com a verdade é mero extremismo do ego. O conhecimento só vale a pena quando colocado ao serviço do próximo.
Aprendi que os filhos têm os sonhos deles e jamais viverão os nossos (melhor para eles).
Depois dos 50, passei a viver os dias como se fossem o primeiro e o último(confesso que muitas vezes não consigo, mas continuo tentando). Aprendi que nada se sabe sobre o futuro, nem vale a pena remoer as duras páginas do passado. Para o que me resta, quero olhar para frente. Eu quero viver o “agora”, o “presente”.
Vou continuar lutando para morrer uma única vez. Quando se está aprisionado pelo medo, morremos todos os dias.
Sei que nunca estou sozinho!!!
Depois dos 50, a minha fé em Deus só aumentou e mais ainda a certeza de que Ele sempre está comigo.
E depois dos 50, olho para o que virá e peço ao Pai Celestial que me conceda muitos anos, pois agora que comecei a vida. E tenho muitos planos, muitos projetos e muitos sonhos, talvez diferentes daqueles do passado, mas com maior intensidade, com maior maturidade.
E vamos lá, que a vida está apenas no começo!!!
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