O que as crises e as derrotas nos ensinam?
É necessário aprendermos que a glória e o apogeu não são absolutos e podem sucumbir pela ação do tempo, principalmente quando se imagina, equivocadamente, que um passado de sucesso assegura um futuro sempre promissor. Grécia, Roma e Alemanha já assistiram a queda de seus impérios retumbantes.
Afinal, para a nossa vida, o que isso significa? Significa compreender que a vitória, o êxito, são conquistas diárias, que não aceitam o conformismo, a letargia e a mesmice. Se queremos alcançar o sucesso e nele permanecer faz-se necessário, primeiramente, acordar todos os dias cercado de novos planos, novos objetivos, novos propósitos.
Enfim, enxergar os desafios como possibilidades. Não se permitir jamais enveredar pela zona de conforto, imaginando-se o melhor, o mais perfeito.
Talvez seja esse espírito de arrogância intelectual ou moral, muitas vezes advindos dos antepassados, que tem feito com que muitos empreendedores e profissionais fracassem em sua trajetória. Na verdade se deixaram levar por falsos conceitos, pelo modismo e perderam de vista a sensibilidade e a originalidade na implementação de suas ideias.
Sempre tenho dito e repito: Se há algo que devemos perseguir com todas as forças que Deus nos deu, a isso chamamos “humildade”.
Parece simplório utilizar-se dessa palavra, talvez poucos a compreendam naquilo que de fato ela representa. Muitas vezes imaginamos, ambiguamente, que ser humilde é aceitar uma vida amorfa, não reclamar, resignar-se diante de tudo. Equívocos à parte, a humildade não rima com inação, com conformismo. Pelo contrário, ser humilde é saber escutar o outro, é ter temperança no agir, sensibilidade no falar, precaução nas atitudes e espírito acolhedor.
Aprender com o declínio daqueles que se empanturram pela empáfia e se imaginaram acima do bem e do mal, é uma atitude proativa e necessária em um mundo em que a impermanência e transitoriedade são realidades que nos concitam a rever nossas ações e atitudes.
Na verdade, não somos melhor do que o outro. Mas se queremos sobreviver precisamos do outro. Precisamos, principalmente, ver cada dia como um dia a se construir,a se edificar. Para isto é preciso acreditar em si mesmo, amar a si mesmo, sem perder de vista que somos singular, único, o que nos impõe a necessidade de escrever uma história “extraordinária”.
Todavia, nossa singularidade não nos dá o direito de esquecermos que fazemos parte de uma teia indivisível que nos liga ao “próximo”, exigindo-nos a prática da solidariedade e do respeito mútuo. Aprender é preciso!
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