Permito-me muitas vezes devanear sobre as inquietações humanas. Somos movidos pelos nossos sonhos: comprar uma casa, um carro, o último celular, fazer um mestrado e por aí vai. Esquecemo-nos, entretanto, que os desejos materiais, embora façam parte do ideário humano, quando saciados, muitas vezes não nos trazem felicidade. Ao contrário, abrem um imenso vazio em nossa vidas.
Será que o homem é um ser insaciável? Schopenhauer já dizia que somos escravos dos nossos desejos. Talvez o ponto de partida seja a assertiva de que não nos contentamos com aquilo que temos. Sempre queremos possuir mais e em escala progressiva. Por que agimos assim? Agimos assim porque influenciados por cultura capitalista cometemos o erro de imaginar que a felicidade é algo que é externo a nós mesmos. E aí, buscamo-la no casamento, responsabilizando a parceira ou o parceiro se não atenderem as nossas expectativas; nas roupas de grife, no reconhecimento social e etc.
Na verdade, aprendemos que para ser feliz é preciso ter muito dinheiro, ser bem sucedido profissionalmente e de preferência adquirirmos uma ferrari. O pior é que após alcançarmos tudo isso ainda nos faltará alguma coisa. Esse tal descontentamento nos dá uma pista: nosso erro é deslocarmos a felicidade para algo que está fora de nós mesmos. Por isso, logo vem a frustração: compra-se um carro novo ultramoderno, brinda-se com uma taça de vinho (adrenalina às alturas), cuida-se dele com todo zelo. Passados alguns dias se quebra o encanto e só fica a lembrança do financiamento que ainda vai custar muitos dias de trabalho por longos meses.
É... perdemos parte das nossas vidas construindo um patrimônio material e negligenciamos as coisas que realmente são importantes: O carinho dos filhos, da esposa, dos irmãos; aquele bate papo no final da tarde com os amigos; as conversas triviais,e até burlescas, com os colegas de trabalho. Isso sem se falar naquele pôr do sol que insiste diariamente em se repetir e nós ignoramos seu encanto completamente.
Se há uma rosa no jardim, ela já murchou e nem percebemos que um dia ela existiu: não sentimos seu cheiro, sua textura, sua beleza. Afinal, o frenesi do tempo não nos permite olhar as estrelas, fazer serenatas e contemplar o belo. Exupéry já dizia que “o essencial é invisível aos olhos e só se vê bem com o coração.” Mesmo assim nós insistimos em enxergar o mundo com os olhos da cobiça, da inveja e do egoísmo. Terminamos nossa trajetória, no meio do caminho, em razão de um infarto fulminante, de uma moléstia oportunista, provocados pelo estresse do cotidiano. Afinal, é correr e correr. Uma pergunta: Para onde e por quê? Faça agora você mesmo sua escolha!
Não tenho dúvidas de que a magistratura cearense tem em seus quadros grandes juízes, mas destaco o Dr. Fernando Teles de Paula Lima como um dos maiores expoentes dessa nova safra. Durante os dez anos de atuação na Comarca de Massapê nunca se ouviu falar de qualquer ato que desabonasse sua conduta. Ao contrário, sempre desempenhou sua árdua missão com a mais absoluta lisura e seriedade. Fato inclusive comprovado pela aprovação de seu trabalho junto à população de Massapê. Ainda hoje me deparo constantemente com muitos populares que lamentam sua ausência e afirmam que a sua atuação como Juiz neste município garantiu a tranquilidade e a paz da população. Sem dúvida a passagem do Dr. Fernando Teles na Comarca de Massapê marcou a história do judiciário deste município. Tive a satisfação de com ele conviver nesses dez anos. Aprendi bastante. Fui testemunha de um homem sério que tratava a todos da mesma maneira, não se importando com a origem social ou a condição econô...
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