Somos
diariamente tentados à insensatez. Vivemos a meio de conflitos que
nos levam a tomar atitudes que se não bem pensadas nos trarão
enormes prejuízos. Falo das muitas vezes que agimos sem pensar. Os
resquícios da luta pela sobrevivência da nossa ancestralidade,
ainda em forma animalesca, estão incrustados em nossa memória,
fazendo-nos reagir de maneira abrupta diante de um iminente perigo.
Assim se comportava o homem primitivo.
É
óbvio que a ação imediata, quando necessária, evita maiores
dissabores e nos protege diante do perigo. Todavia, na mesma
proporção que é amiga das horas amargas, pode-se tornar um
instrumento prejudicial àquele que a utiliza. Isso acontece quando
brigamos no trânsito, na discussão acalorada no trabalho e nas
muitas cenas dantescas do cotidiano. Esse destempero verbal
compromete nosso bem-estar e ainda nos atrai uma legião de inimigos.
Mostra uma falha na personalidade e atrapalha, deveras, nossas
relações no trabalho, na sociedade e, mormente, na vida pessoal.
Isso
impõe a cada um a necessidade de sempre pensar e pensar antes de
agir. Tomar fôlego e contar até dez. Se agimos com o impulso,
estamos fadados a cometer erros grosseiros, provocar ações
desastrosas. Com isso ferimos as pessoas, destruímos relações
sólidas e trazemos para nós uma imagem antissocial.
O
homem do terceiro milênio é um ser das relações, que sabe viver a
meio da diversidade, construindo pontes, agregando valores. Nunca a
dignidade da pessoa humana foi mais decantada do que nos tempos
atuais. Por isso, devemos seguir a velha máxima do Mestre dos
Mestres: Não
façamos
aos outros aquilo
que não gostaríamos que fosse feito a nós.
Comentários
Postar um comentário