Um relatório lançado nesta segunda-feira (19), em Londres, mostra que 121 milhões de crianças e adolescentes, de 6 a 15 anos, no mundo inteiro desistiram de frequentar a escola ou sequer começaram a fazê-lo. O documento foi feito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e contrasta com a promessa da comunidade internacional de alcançar a Educação para Todos até 2015.
O relatório, intitulado “Reparação da promessa quebrada de Educação para Todos: resultados da Iniciativa Global Crianças Fora da Escola”, mostra que houve pouco progresso na melhora desse cenário desde 2007. Além disso, o documento revela que 63 milhões de adolescentes, com idades entre 12 e 15 anos, não estão na escola. Esse número mostra que há muito mais adolescentes nessa situação do que crianças. Enquanto uma a cada 11 crianças em idade escolar de nível primário não frequentam a escola, um em cada cinco adolescentes está na mesma situação.
O relatório mostra também que as mais afetadas pela falta de acesso à educação são as crianças que vivem em áreas de conflito, as que trabalham e aquelas que enfrentam discriminação baseada em etnia, gênero ou deficiência. A pobreza, contudo, é o maior vilão da educação, diz o estudo. Na Nigéria, por exemplo, dois terços das crianças em áreas mais pobres não vão à escola. E 90% delas, provavelmente nunca o farão. Os índices mais elevados de crianças fora da escola são encontrados na Eritreia e na Libéria, onde 66% e 59% das crianças, respectivamente, não frequentam a escola primária.
O diretor-executivo da Unicef, Anthony Lake, enumera três prioridades de investimento em três áreas. A primeira delas é aumentar o número de crianças frequentando a escola primária; a segunda é ajudar mais crianças, principalmente as meninas, a permanecer na escola durante todo o nível secundário; e a terceira é melhorar a qualidade da aprendizagem.
Fonte: Agência Brasil
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