O que nos separa da felicidade?
Essa questão muito nos inquieta em um
mundo impermanente e com profundas adversidades. A saga do homem no planeta
terra sempre foi marcada pelos conflitos de ordem moral, econômica e emocional.
Hobbes já nos chamava atenção para o fato de o homem ser o lobo do próprio
homem. Afinal, o que queremos e desejamos para nossas vidas?Eis uma questão a
ser respondida
Enquanto divagamos
filosoficamente, assistimos estarrecidos ao
desmoronamento das instituições que deveriam ser esteios para o
organismo social equilibrado: a família,
o Estado. Assombrados estamos com o mais absoluto desprezo de muitos para com
as suas vidas e a vida de seus
semelhantes. Como um relâmpago que corta a escuridão da noite, assim também a
mensagem que nos foi deixada pelo homem de Nazaré, ajuda-nos a encontrar a luz
num cenário de trevas. Reflitamos!
Jesus nos deixou um legado de
ensinamentos profundos e atuais, os quais sobreviveram centenas de anos de
história. Um deles, particularmente, fascina-me: “Faça aos outros, aquilo que
você gostaria que fizessem pra você”. Uma frase simples mas carregada de
extraordinário significado. Vivenciá-la
em sua integralidade possibilitaria ao homem abolir as leis e afastar da
existência humana o arbítrio, a violência e a discórdia.
Fazer aos outros o que
gostaríamos que a nós fosse feito é abrir os olhos dos homens para a
compreensão de que todos nós, indistintamente,
somos parte indivisível de uma única espécie - a humana. Essa teia que
nos liga um ao outro exige uma reciprocidade de ações e a compreensão que não haverá uma liberdade
plena enquanto restar um homem cativo, aprisionando, marginalizado. O mal que
faço ao outro retorna a mim mesmo como corolário da minha condição humana. As
nossas ações, se altruístas, iluminam e edificam. Porém, se destrutivas,
desagregam e mortificam. Portanto, se queremos sobreviver, é preciso que cada
um se sinta responsável pelo “outro”.
Isso nos impele a construir uma
nova história: Uma jornada de homens e mulheres livres, onde prevaleçam o
respeito, o diálogo, a compreensão mútua, afastando de uma vez por todas do anfiteatro das nossas vidas o egoísmo
cego, os interesses escusos e a falsa ideia do poder absoluto, o que
obriga muitos a uma vida cercada pelo
desamor e pela desesperança. Reflitamos nessa páscoa com a convicção de que a fraternidade, o serviço ao próximo e a
humildade são valores cristãos capazes de redimir toda a espécia humana. Feliz
Páscoa a todos!
Comentários
Postar um comentário