Muitas vezes aceitamos para as nossas vidas a acomodação. Ficamos naquele emprego por anos a fio, mesmo sabendo que aquele encargo em nada nos realiza. Insistimos num curso superior que nada tem a ver com aquilo que almejamos. Até no relacionamento a dois, muitas vezes apostamos em situações que só nos traz dor, frustração e aborrecimento. Esses aspectos da vida, um ou outro, sempre atingirão as pessoas e as consequências, boas ou ruins, dependerão da forma como cada qual agirá diante de tais circunstâncias.
Por natureza, algo nos impele à inércia. Se persistimos em aceitar esse determinismo minimalista, sem a ele reagirmos, nos tornaremos reféns de um destino manifesto que provavelmente nos levará à infelicidade. Acomodar-se é aceitar por aceitar; permitir-se viver “no mesmo”, acumulando sucessivos fracassos e colecionando derrotas de toda ordem.
E afinal, nascemos ou não para a vitória?!!! A essa indagação, algo nos impele a refletirmos sobre a saga da humanidade. Fomos capazes de superar as mais absurdas adversidades, singrando mares tempestuosos, abrindo estradas e construindo pontes, habitando em lugares inóspitos, enfrentando inimigos , doenças, cataclismos e muitos outros males que fizeram e fazem parte da história humana. Não só sobrevivemos, mas nos permitimos edificar um novo tempo, com melhores oportunidades, consagração de direitos e horizontes que nos fazem antever, para o futuro, apesar dos desafios coexistentes, um mundo melhor.
Sem dúvida, nascemos para a vitória! E vencer, é movimentar-se “para frente”, sempre. Isso indica dinamicidade, busca permanente pelo “novo”. É aceitar o desafio de “re-nascer” todas as manhãs, alimentando-se dos sentimentos mais nobres, dos desejos mais altruístas.
Na verdade, temos a obrigação de ser feliz! E ser feliz é olharmos um dia para trás com a certeza de que não deixamos projetos inacabados, sonhos desfeitos, pelo medo de tentar. Acredito no Deus que nos alimenta com a ceiva da vida e exige de nós que façamos da nossa existência uma história única, singular, edificada pela ética, pelo amor ao próximo. Isso nos concita a fazermos as escolhas certas, impelindo-nos a agir com todas as nossas forças: estudando, trabalhando, construindo. Para isso, é preciso dar um basta à mesmice, ao medo, à aceitação injustificada, à letargia. É preciso gritar para si mesmo: “Eu não me aceito derrotado. Eu nasci para ser feliz”. Não deixemos que ninguém nos arranque os nossos ideais e se eles sucumbirem que saibamos encontrar muitos outros que nos deem razão para viver. Afinal, não é o sangue que corre em nossas artérias que nos mantém vivos, mas sim os nossos sonhos. Aposte neles, lute por eles e seja feliz!
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