Sempre digo e reitero: Empregador nenhum lhe promoverá somente pelo fato de sua permanência na empresa superar a casa dos cinco, dez ou quinze anos. Na verdade, é você quem “se promove” quando seu trabalho passa a ser percebido como diferencial, indicando uma postura profissional de atitude e reinvenção constante.
Ficar naquele posto fazendo as mesmas coisas, por imaginar que assim sempre deu certo, lhe tornará com o tempo um profissional descartável pela incapacidade de enxergar novos cenários e novas possibilidades. O que todo empregador deseja é alguém de visão, inquieto, com uma vontade imensa de fazer coisas novas. Mais do que nunca, será levada em consideração a sua capacidade em trabalhar em equipe, em partilhar valores, ideias e projetos. Não há mérito nenhum em ter uma relação saudável apenas com aqueles que se parecem conosco ou pensam como a gente. A grandeza está em saber lidar com as diversidades e pontos de vista diferentes, o que é inerente a toda relação humana. Por isso, pessoas mal humoradas, casmurras, ensimesmadas e egocêntricas, contaminam o ambiente de trabalho, porque não conseguem somar, agregar, apenas dividem, desagrupam. Estas estão fadadas aos desemprego crônico.
Outro ponto que destaco é a necessidade de ser “resiliente”. Como resiliente deve-se entender a capacidade de lidar com o “novo”. Temos, por natureza, tendência à inércia, à zona de conforto. Quando alguém aparece com uma nova ideia ou se há uma mudança na empresa, logo aquilo nos causa medo e insegurança. Muitos preferem ignorar o que acontece no seu setor, imaginando que os ventos da mudança não lhe causarão efeito algum. Enganam-se, entretanto, pois se não se adaptarem ingressarão, com brevidade, na lista dos desempregados.
Portanto, antes de perguntar ao seu patrão o por quê de não ser promovido, indague de si mesmo se o que você tem realizado no seu trabalho tem feito com que as pessoas lhe vejam como um profissional diferenciado, agregador, comprometido, inovador e capaz de antever cenários. Digo e repito: Ser ordinário é fazer coisas comuns (obedecer a horários, ter assiduidade e cumprir a tarefa que lhe é proposta). Acontece que o mercado precisa muito mais do que isso. Por essa razão, seja extraordinário, isto é, singular, diferente. Para isto, faz-se necessário atualizar-se permanentemente, ampliar seus conhecimentos através da leitura, de cursos de formação, graduação e pós, viagens e relações com pessoas e culturas diferentes. Vá mais além: construa sua imagem dentro e fora da empresa, através das redes sociais, blogs, fóruns e grupos de discussão. Afinal, como diz o adágio popular, quem não é visto, não é lembrado. Eu diria mais: quem não é percebido, não é promovido.
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