Sempre convivi com a ansiedade. Confesso que não é das melhores companhias.
Está em estado de alerta permanentemente exaure e drena muito da sua energia.
E o que é pior: o ansioso sofre por antecipação, pois antevê cenários dantescos e horripilantes. Seu pensamento é bastante acelerado e projeta todo o seu "eu" para o futuro. Como consequência tem imensa dificuldade em viver plenamente o presente.
Esta reflexão veio a mim neste momento que estamos vivendo muito próximo da morte terrena. A pandemia desnudou todas as nossas fragilidades e, principalmente, a nossa falsa impressão de segurança.
Ora, se vivemos cercados pelo imponderável e pela incerteza, nada podemos fazer melhor do que viver um dia de cada vez, com exuberância. Saber aproveitar cada minuto, cada instante como se não houvesse amanhã ( mindfullness).
Nessa escalada terrena, como ansioso que sou, peço a Deus que eu aprenda a morrer uma única vez. E enquanto ela não vem, que eu viva intensamente!!
Afinal, o medo desordenado nos leva a morrer muitas vezes em uma única vida. O medo imobiliza, castra e destrói os sonhos. Arrefece o ânimo e faz sucumbir a alegria. O medo da morte é bem pior que a própria morte.
A morte mata uma única vez. Enquanto, o medo da morte vai lhe matando todos os dias.
Se queremos viver com plenitude e abundância, saibamos viver o presente descolado do futuro e aprendamos a criar uma intimidade com a morte( e combinar com ela para aparecer uma única vez ao longo de sua vida).
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