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Dilemas corporativos: Reconhecimento Profissional e o patrão?




Muitas vezes na vida corporativa escutamos empregados justificarem a ausência de atitude ou de inovação com a seguinte frase: “ Tenho excelentes projetos mas não vou colocá-los em prática porque estou desestimulado uma vez que o meu patrão nunca reconhece o meu trabalho”. Devo confessar-lhe que se trata de uma frase infeliz, egoísta, vetusta e retrógrada. Não tenha dúvida  de que o profissional que pensa assim caminha a passos largos para tornar-se um “desempregado crônico”.

Na sabedoria popular aprendemos que “cada qual no seu quadrado”. Embora pareça ser uma máxima individualista em se tratando da divisão de funções, todavia o raciocínio é perfeito. Faço o que me cabe no contrato e se cada um agir assim prevalecerá a universalidade. E o que me cabe numa relação de trabalho? Ser firme no compromisso com a causa que eu abracei e me propus a fazer. Pensando assim, vou compreender que o destinatário do meu trabalho não é o meu “patrão”, mas sim os meus “clientes”, a “sociedade” “as pessoas que nele confiam”.

Aqui não estou a dizer que não seja missão do patrão incentivar seus colaboradores, tratá-los com a urbanidade necessária e proporcioná-los o ambiente e os instrumentos imprescindíveis para o êxito na atividade laborativa. Mas repito: Essa é a missão do “patrão”. Se ele assim não agir terá um custo futuro podendo levá-lo à falência. Entretanto, não compete ao empregado deixar de realizar a “sua missão”, aquela que lhe foi confiada,  em razão do “patrão” não agir com deveria agir. Afinal, não é o patrão que deve dirigir a ação nem a atitude  do empregado. Na verdade, a ação do “empregado” é dirigida pelos seus valores, pelas suas convicções, pelo seu compromisso com ele próprio e com  a sociedade.

Tenho sempre dito que fazemos parte de uma teia indivisível que nos une uns aos outros. E como cristãos sabemos que a  missão do trabalhador não termina no final do mês quando recebe o seu salário. Estamos aqui, na verdade, para construir pontes, abrir diálogos, nos realizar como pessoas e fazer com que a nossa passagem terrena seja sempre lembrada por aqueles com quem convivemos e amamos, mesmo quando as adversidades bateram em nossa porta.

Esta  pseudo máxima de que o meu trabalho será proporcional ao reconhecimento do patrão é de fato repugnante por demonstrar egocentrismo, imaturidade profissional e insensibilidade social. Se não estou satisfeito na empresa onde trabalho devo ter a grandeza e a dignidade de pedir o meu desligamento. Esse é um direito inalienável do trabalhador. Todavia, se eu lá ficar devo saber que os meus clientes não podem ser reféns do meu descontentamento, das minhas frustrações e da minha falta de profissionalismo.

Mas antes de tomar atitude tão drástica, se questione? Não sou reconhecido pelo meu patrão porque ele ignora os meus esforços ou o meu trabalho não tem produzido o impacto suficiente para ser percebido? Fica a dica!!!

Comentários

  1. José Ronaldo Dias Carneiro13 de setembro de 2016 às 15:40

    Amigo-Irmão Carlinhos, corroborando com sua ideia, a autoconfiança, um dos pilares da autoestima, é fator fundamental para o desenvolvimento da Excelência Profissional. De acordo com a máxima latina " agere sequitur esse", nossos atos só serão amorosos se manifestarmos neles a essência do que somos. Cabe uma reflexão sobre a identidade do ser, através do autoconhecimento que proporciona o reconhecimento da autoimagem. Autoconhecimento + Autodesenvolvimento = Autorealização. Nesta perspectiva, o indivíduo se faz através de suas escolhas, de sua personalidade e, sobretudo, de sua essência. Destarte, Protagonista de sua História, o Ser Humano atinge suas metas e conquista a credibilidade. A primeira grande responsabilidade do Líder de Alta Performance é crescer diante de si, lapidando os talentos. Para tanto, só motivação não basta. Precisamos de ENTUSIASMO !

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  2. José Ronaldo Dias Carneiro14 de setembro de 2016 às 02:35

    " Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida. " Confúcio.

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