E a crise no Brasil está
galopante. Vê-se um cenário aterrorizador com milhares de empregos
desparecendo da noite para o dia. Além, claro, da gravidade da
corrupção que grassa incólume neste país, um fato é
preponderante para justificar o caos a que estamos submetidos.
Trata-se da incompetência e da inapetência de nossos administradores.
Não precisa esforço
intelectual para mensurar o absoluto despreparo dos nossos
governantes, a saber nos mais diferentes níveis de poder. As
ausências de planejamento estratégico, de formulação de políticas
públicas e projetos administrativos são resultantes do despreparo
da grande maioria dos administradores. Como agentes políticos
eleitos pelo voto popular, administram ao sabor das ocasiões e dos
interesses partidários, esquecendo-se do compromisso maior de
dirigir suas ações tendo como bússola os legítimos interesses da
comunidade.
Carentes de um projeto
autêntico e de uma diretriz administrativa que contemple o que é
necessário e prioritário, arredam para ações desarrazoadas e
pouco planejadas, as quais trazem consigo resultados inúteis e
contraproducentes, redundado em enorme prejuízo para a população
que mais precisa. Na verdade, administram sem promover o debate, sem
alicerçar os rumos e muitas vezes pensando em proteger apenas
interesses menos republicanos de perpetuar-se no poder.
Muito pode ser feito
quando se une o desejo de trabalhar com uma estratégia
administrativa saudável, tendo por propósito ouvir a população,
discutir temas importantes e eficazmente executar ações que vão
impactar a vida das pessoas. Para isto, é preciso construir uma plataforma administrativa e dispor de um
quadro de colaboradores tecnicamente preparados, dotado de uma conduta
proba e aberto para a escuta. Sem isso, somente um " manda e desmanda" e, ao reboque da soberba e da incompetência, vai deixando para trás um rastro
de miséria, de descaso e de desrespeito. Precisamos de fato de menos
políticos e mais administradores, com sensibilidade social e
sabedores da enorme responsabilidade que é gerir a coisa pública.
Infelizmente neste país
um bom administrador é uma raridade, até porque o processo político
de escolha é profundamente paradoxal e desproporcional, fazendo com
que muitos homens de bem fiquem alijados da disputa, deixando, por
outro lado, o vácuo para os oportunistas e para os incompetentes,
muitos deles detentores do poder político, partidário ou econômico,
que se arvoram dessas benesses para atenderem ao seu projeto pessoal,
esquecendo-se de que a política é arte de servir.
Ai!! que pena tenho do meu
país!!!!!
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