A prisão de Marcelo Odebrecht e de Otávio Marques Azevedo deixa governo e oposição em estado de "atenção máxima" com os desdobramentos da Operação Lava Jato. Não é por acaso que esta 14ª fase foi batizada de Erga Omnes, ou "Vale para Todos".
Um dos raros comentários ouvidos no governo, sempre em reserva, é que a Lava Jato "chegou ao andar de cima", porque levou para a prisão os presidentes das duas maiores empreiteiras do país – a Odebrecht, que é a segunda maior empresa do país, só fica atrás do grupo JBS; e a Andrade Gutierrez.
No governo, agora, a preocupação passa a ser com o desempenho da economia. "A Odebrecht tem várias parcerias em obras públicas, quase todas as obras para as Olimpíadas do Rio estão com ela. Parar a Odebrecht, pára ainda mais a economia", comentou um ministro. "Qual banco vai financiar uma empresa cujo presidente está preso?", questionou outro.
A prisão dos dois não pareceu surpresa a ninguém - nem no governo, nem na oposição. Desde que foi deflagrada a Lava Jato se falou "isso vai chegar na Odebrecht", por ser a maior empreiteira e contratada para obras públicas. Os investigadores explicaram a razão de elas terem ficado para o fim. "Os métodos eram mais sofisticados". Mas tudo indica que a Operação Lava Jato vai caminhando para as etapas finais. No cronograma da Justiça, já se falava desde o ano passado que as investigações poderiam terminar em junho ou julho.
Já estamos na segunda quinzena de junho. O que mais tiver de aparecer vai aparecer logo.
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