As farpas atiradas contra o Procurador
do Tribunal de Contas do Estado pelo Governador Cid Gomes, ralativamente ao
episódio do show de Ivete Sangalo, na cidade de Sobral, fez com que o assunto
que tinha dimensões paroquianas alcançasse grande repercussão nacional,
inclusive noticiado pelos mais destacados jornais do país, entre outros, O
Globo e Folha de São Paulo.
As matérias em tom jocoso
contestavam os argumentos do Governador ao justificar a contratação de Ivete
Sangalo pelo valor de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais). Ainda
mais, ressuscitaram outros episódios que aconteceram durante o Governo Cid
Gomes. É claro que Cid é uma grande tocador de obras e um gestor de visão
empreendedora. Esse fato não pode ser negado. Todavia, ao lidar com a coisa
pública é necessário do gestor a moderação e o bom senso. Nada justifica a
contratação de um artista, a esse preço, para um Show de pouco mais de uma
hora, quando se sabe que o Estado do Ceará enfrenta forte estiagem e que,
apesar da melhora histórica nos
indicadores sociais, ainda amarga considerável número de analfabetos,
desempregados. Isso sem se falar na precariedade da saúde pública, com a falta de
médicos e leitos, além da ausência de
serviços públicos de qualidade.
Nesse contexto e diante de tão
drástica realidade, todo a aplicação do dinheiro público deve ser
milimetricamente planejada e analisada, elegendo as prioridades e as necessidades mais imperativas. Sem dúvida, tal fato, com a proporção que
alcançou na grande imprensa, consegui macular a beleza que foi a concepção e a
construção do Hospital Regional Norte.
É óbvio que o Governador Cid Gomes deverá tirar desse episódio grandes lições. Uma delas é a certeza de que “o pão é circo” da antiga Roma não mais se coaduna com o espírito republicano dos tempos hodiernos, uma vez que o espírito de criticidade da população, hoje bem mais informada e consciente de seus direitos, repugna todo ou qualquer ato de populismo ou personalismo extravagante.
É óbvio que o Governador Cid Gomes deverá tirar desse episódio grandes lições. Uma delas é a certeza de que “o pão é circo” da antiga Roma não mais se coaduna com o espírito republicano dos tempos hodiernos, uma vez que o espírito de criticidade da população, hoje bem mais informada e consciente de seus direitos, repugna todo ou qualquer ato de populismo ou personalismo extravagante.
Isso é uma pechincha comparada à inauguração do Centro de Eventos do Ceará, que apenas o cachê do tenor Plácido Domingo custou R$ 3,3 milhões ao cofre do estado.
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