Já indiquei aqui para vocês o livro “Investimentos Inteligentes” do consultor financeiro Gustavo Cerbasi que trata sobre os investimentos mais interessantes para multiplicar nossas economias. Esse tema tem me provocado profundas reflexões. Na escola se aprende um turbilhão de matérias, entretanto nos esquecemos de orientar desde cedo nossos alunos e, em casa, nossos filhos, sobre a educação financeira. A propósito, o Colégio Luciano Feijão introduz, no ano de 2012, para alunos do Ensino Fundamental, a metodologia OPEE – Orientação Profissional, empregabilidade e empreendedorismo.
Como fruto da discussão sobre a necessidade de implantarmos um curso de Educação Financeira, ou introduzi-lo na grade curricular no que concerne aos temas transversais, passaremos a vivenciar, em 2012, essa nova experiência. Digo isso, porque cada vez mais é motivo de preocupação a forma desordenada e desastrosa com que as pessoas lidam com seu dinheiro. Não temos uma cultura de poupança, muito menos de investimentos. Gasta-se muito e mal. Gasta-se “o que não tem” e “o que se imagina ter”. Como consequência contratam-se financiamentos impagáveis, contraem-se dívidas de toda ordem e no final, lá vem a dor cabeça para quem “deve” e para quem “empresta ou fornece”.
A cultura do imediatismo, unida à vontade irracional de atingir um status social elevado, faz com que muita gente entre numa linha de consumo desenfreada, não sabendo separar o essencial do supérfluo. Compra-se um carro novo financiado com juros exorbitantes, adquire-se um celular de última geração e por aí vai. E o pior é que esse modus operandi passa de pai para filho. Implanta-se então a ditadura do consumo com toda a gama de consequência ao perdulário e prejuízos ao sistema financeiro, às atividades de comércio, provocando um desarranjo em toda a economia.
Esse contexto nos impele a uma conclusão clara: Precisamos nos educar e educar nossos filhos sobre como gastar, como poupar e como investir. Sem essas ferramentas, mais dívidas serão contraídas, mais pessoas serão lesadas e mais famílias estarão desestruturadas.
Ter prudência nos gastos, racionalidade no consumo, são imperativos que nos ajudam a ter uma vida mais tranquila e saudável. É a velha máxima de ter os pés plantados no chão, afinal não se pode dar um passo maior do que as pernas. Essa lição é antiga mas nunca foi tão atual.
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