Entristeço-me profundamente com o alarmante crescimento de jovens afundados nas drogas. Nada pode ser mais assustador para um pai do que perder seu filho para as drogas. Isso nos concita a refletir quais as razões têm levado a juventude a esse quadro desolador. Sempre tenho dito nas Reuniões de Pais do Colégio Luciano Feijão que a Escola é uma grande parceira, mas o papel dos pais na educação dos filhos é indelegável. Nada substitui o afeto e o carinho dos pais. Dizia há pouco que a correria do tempo, do trabalho nos distancia dos amigos e sem dúvida nos distancia principalmente dos filhos. Em razão desse fato muitos pais compensam suas ausências com presentes e mais presentes. Imaginam que bens materiais sejam capazes de preencher o enorme vazio que cerca o cotidiano de uma criança ou de um adolescente. Trata-se de um mero engano! Só o amor que se traduz pelo carinho, pelo diálogo, é capaz de criar um escudo de proteção que fará com que nossos filhos não sejam cooptados para os caminhos turvos das adversidades. É preciso se perguntar: Como preenchemos o vazio de nossos filhos: Conversamos com eles? Indagamos como foi o seu dia, quais são seus projetos? Dividimos com eles suas angústias e dores? Somos de fato um pai-amigo que sabe ser compreensivo e ao mesmo tempo austero quando se fizer necessário? São essas questões que devem mover a nossa reflexão. Educar é um ato de amor, porque é também doação. Se não quero perder meu tempo escutando meu filho, terei que encontrar um enorme tempo para dividir com alguém as dores de tê-lo perdido.
Um outro aspecto que reputo por demais importante: Fortaleça em seu filho os valores morais e espirituais. Aqueles que têm fé se robustecem de uma razão maior para viver e preenchem seu vazio no transcendente, pois ao colocarmos Deus no "centro", nossas vidas passam a encontrar o verdadeiro sentido.
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