O que parecia distante está tão perto e é assustador. A disseminação de drogas em Massapê está fora de controle e exige das autoridades e da população uma ação imediata. Já temos o "oxi" circulando na cidade, droga que apareceu no sudeste do país há poucas semanas. Esse quadro revela a vulnerabilidade de crianças e adolesecentes reféns de traficantes que a todo momento cruzam com eles nas ruas, clubes e escola.
Por vivenciar o cotidiano da justiça local, tenho me deparado com crianças e adolescentes dependentes ou viciados em drogas pesadas como o crack e, agora, o oxi. Disso tenho certeza: Não basta a ação ostensiva da polícia e do Judiciário, é preciso muito mais. A polícia, de fato, deve combater o traficante. Quanto ao dependente, é um caso de saúde pública e assim deve ser tratado.
A experiência tem mostrado que crianças e adolescentes que se envolvem com as drogas são, em grande maioria, oriundas de classes menos favorecidas e fruto de famílias desestruturadas. Isso propõe a necessidade da adoção de políticas públicas que tratem não apenas do viciado, mas acompanhem a família, pois sem a participação dela a ação corretiva tem pouca efetividade.
Consumir drogas é um crime previsto no art. 28 da Lei 11.343/06, todavia a pena tem um propósito de advertência e de prevenção. Aos consumidores, poderá o Juiz aplicar a pena de prestação de serviço à comunidade ou determinar que o viciado frequente um curso de reabilitação. Tais medidas têm se mostrado pouco eficientes. Eis porque tornar-se-á necessária uma ação conjunta de todos os segmentos sociais, envolvendo necessariamente as escolas, igrejas, grupos de formação e, naturalmente, as autoridades constituídas. É preciso dar uma nova opção às nossas crianças e jovens, caso contrário o traficante irá adotá-los.
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