O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou ontem um programa do Ministério da Educação (MEC) que pretende ampliar a carga horária do ensino médio e introduzir inovações no currículo para melhorar a qualidade. A ideia é direcionar mais verbas a escolas que implementem as modificações propostas para tentar tornar mais atrativas, aos alunos, as aulas do ensino médio, etapa com altos índices de repetência e evasão escolar e que está praticamente estagnada nas avaliações nacionais de qualidade da educação. Entre as mudanças propostas, está a ampliação da carga horária de 2.400 horas para 3.200. No turno diurno, isso poderia ser feito mediante o aumento do número de horas de aula por dia ou pela ampliação para mais de três anos a duração do ensino médio. Essa opção seria a única válida para os cursos noturnos. Pelo programa, o aluno também poderá escolher o que irá estudar em pelo menos 20% da carga horária, com a oferta de disciplinas opcionais. A proposta inicial de abolir a divisão por disciplinas foi flexibilizada e virou uma recomendação para que as escolas pensem outras formas de organização curricular. Integração O documento aprovado pelo CNE recomenda ainda que as escolas “inovadoras’’ tentem se integrar umas às outras, para que seus alunos tenham um leque maior de opções para as matérias eletivas. O MEC ainda não tem o valor exato do orçamento para esse programa, mas será algo “entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões’’, segundo o ministro Fernando Haddad (Educação), para cerca de cem escolas. “Vai depender muito da demanda’’, disse o coordenador-geral do ensino médio da Secretaria de Educação Básica, Carlos Artexes. Ele disse que a ideia é que os Estados possam ajudar no projeto no futuro. De acordo com o ministro, ainda neste ano será aberto um edital para que secretarias estaduais de Educação inscrevam escolas e projetos de ensino médio inovador que possam receber o financiamento.
Fonte: O POVO
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