A morte do astro Michael Jackson comoveu seus fãs e o mundo. Trata-se de uma celebridade que chegou no auge da fama e não suportou o fardo do sucesso. De origem pobre, Jackson ascendeu ao estrelato sem estar preparado para as arapucas da glória efémera. Nesse desespero quis mudar sua cor e seu rosto. Lembro-me do personagem Dorian Gray, de Oscar Wilde, que o tempo não envelheceu, mas ao final amargou uma tragédia pessoal.
Essas fugas são reflexos da ditadura da matéria. Nela se exterioriza o vazio do homem frente ao seu destino. Para muitos o conceito de felicidade é ter muito dinheiro e fama. Imagine você comprando um carro novo.Aquele com que sonhara há muitos anos. No início há um êxtase total. Passam-se alguns dias e você percebe que a sua ilha de satisfação reduziu drasticamante. O que aconteceu de fato para essa mudança de humor?
Para respondermos a essa questão é necessário entendermos que há um erro do homem em acreditar que a felicidade é algo externo e consegui-la reside na aquisição material de um bem ou pessoa. Atribuímos ao outro, no amor, por exemplo, a responsabilidade pela nossa felicidade ou infelicidade. Como se não bastasse nos consideramos infelizes se não vestirmos a roupa de grife ou se não fizermos aquela viagem à Europa. Mais infeliz ainda seremos se não adquirirmos a melhor casa e os melhores móveis, o carro do ano e por aí vai. Tais pseudo conceitos estrangulam a verdadeira acepção de felicidade e provocam no homem um conflito existencial.
Saibam todos que enquanto procurarmos pela felicidade no ambiente externo, naquilo que não nos pertence por natureza, encontraremos a insatisfação, o vazio e a dor existencial. Isso se dá pelo simples fato de que a felicidade reside no interior de cada um de nós e se exterioriza na forma como lidamos com o outro, na maneira como contemplamos as coisas simples. Toda ela está contida naquele bate-papo com o amigo, no encontro com a família, na discussão filosófica ou na trivialidade. Mas é preciso que ela se estabeleça no “sujeito” e não no “objeto”. A felicidade se irradia de dentro para fora. Aqueles que a procuram externamente traduzem pelo seu ato uma profunda incoerência, motivada pelo desencontro consigo mesmo.
Se não me suporto como sou ou como penso, tenho a tendência de fugir de mim mesmo. Nessa fuga me atiro às muletas que a sociedade me oferece: o álcool, o dinheiro, a fama. Só que cada vez que me aprofundo nessa agonia, mas me distancio do que eu sou realmente. Lanço-me como uma personagem deseperada no palco da vida. Já não sei mais quem sou. Roubei de mim a minha identidade. Não domino a cena. O público é que dirige o espetáculo. Renunciei ao meu direito de “ser” pela fantasia do que “parece ser”. A história se desenrola no anfiteatro da vida e meu desencontro aumenta ainda mais. A confusão gerada entre o que sou e o que represento leva-me a um abismo que prenuncia o fim. Já não mais me suporto. A pantera negra da finitude me devora.
Esse quadro nos promove refletir a tragédia de uma sociedade construída pelo império do “Ter” sobre o “Ser”. No palco, o riso fácil. Na vida,a dor incontida de uma viagem que não se realizou, de uma história inconclusa. Não nos permitamos, portanto, ser personagens de um teatro sem rosto, muito menos devemos aceitar que alguém dirija a nossa história. Somos, de fato, seus verdadeiros autores. Temos a faculdade das escolhas. Nossa vida é uma trajetória única que implica singularidade e atitude. Podemos construí-la de forma edificante, sob o imperativo da ética, do amor e do compromisso com outro. Afinal, ser feliz é fazer o outro feliz. É mergulhar no recôndito da alma, numa introspecção profunda, arrancando as dores dos momentos adversos, dos desencontros, para, numa catarse superior, deslumbrar-se com o rompante do “novo” que nasce e renasce junto com cada alvorecer.
Essas fugas são reflexos da ditadura da matéria. Nela se exterioriza o vazio do homem frente ao seu destino. Para muitos o conceito de felicidade é ter muito dinheiro e fama. Imagine você comprando um carro novo.Aquele com que sonhara há muitos anos. No início há um êxtase total. Passam-se alguns dias e você percebe que a sua ilha de satisfação reduziu drasticamante. O que aconteceu de fato para essa mudança de humor?
Para respondermos a essa questão é necessário entendermos que há um erro do homem em acreditar que a felicidade é algo externo e consegui-la reside na aquisição material de um bem ou pessoa. Atribuímos ao outro, no amor, por exemplo, a responsabilidade pela nossa felicidade ou infelicidade. Como se não bastasse nos consideramos infelizes se não vestirmos a roupa de grife ou se não fizermos aquela viagem à Europa. Mais infeliz ainda seremos se não adquirirmos a melhor casa e os melhores móveis, o carro do ano e por aí vai. Tais pseudo conceitos estrangulam a verdadeira acepção de felicidade e provocam no homem um conflito existencial.
Saibam todos que enquanto procurarmos pela felicidade no ambiente externo, naquilo que não nos pertence por natureza, encontraremos a insatisfação, o vazio e a dor existencial. Isso se dá pelo simples fato de que a felicidade reside no interior de cada um de nós e se exterioriza na forma como lidamos com o outro, na maneira como contemplamos as coisas simples. Toda ela está contida naquele bate-papo com o amigo, no encontro com a família, na discussão filosófica ou na trivialidade. Mas é preciso que ela se estabeleça no “sujeito” e não no “objeto”. A felicidade se irradia de dentro para fora. Aqueles que a procuram externamente traduzem pelo seu ato uma profunda incoerência, motivada pelo desencontro consigo mesmo.
Se não me suporto como sou ou como penso, tenho a tendência de fugir de mim mesmo. Nessa fuga me atiro às muletas que a sociedade me oferece: o álcool, o dinheiro, a fama. Só que cada vez que me aprofundo nessa agonia, mas me distancio do que eu sou realmente. Lanço-me como uma personagem deseperada no palco da vida. Já não sei mais quem sou. Roubei de mim a minha identidade. Não domino a cena. O público é que dirige o espetáculo. Renunciei ao meu direito de “ser” pela fantasia do que “parece ser”. A história se desenrola no anfiteatro da vida e meu desencontro aumenta ainda mais. A confusão gerada entre o que sou e o que represento leva-me a um abismo que prenuncia o fim. Já não mais me suporto. A pantera negra da finitude me devora.
Esse quadro nos promove refletir a tragédia de uma sociedade construída pelo império do “Ter” sobre o “Ser”. No palco, o riso fácil. Na vida,a dor incontida de uma viagem que não se realizou, de uma história inconclusa. Não nos permitamos, portanto, ser personagens de um teatro sem rosto, muito menos devemos aceitar que alguém dirija a nossa história. Somos, de fato, seus verdadeiros autores. Temos a faculdade das escolhas. Nossa vida é uma trajetória única que implica singularidade e atitude. Podemos construí-la de forma edificante, sob o imperativo da ética, do amor e do compromisso com outro. Afinal, ser feliz é fazer o outro feliz. É mergulhar no recôndito da alma, numa introspecção profunda, arrancando as dores dos momentos adversos, dos desencontros, para, numa catarse superior, deslumbrar-se com o rompante do “novo” que nasce e renasce junto com cada alvorecer.
Num estalar dos dedos foi-se o grande rei da música pop, que se preparava para uma grande turnê, mas não deu certo... "Michael Jackson faleceu", essa frase o mundo inteiro pode acompanhar através dos telejornais e muitos outros programas, o choque deve ter sido muito maior pra família e para os fãs, que lhe prestaram grandes homenagens!
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