Essa pergunta tem movido debates mundo afora. Assusta-me quando intelectuais afirmam de maneira convincente que Deus não existe. Respeitaria até o direito daqueles que dizem que não acreditam em Deus. Afinal, acreditar ou não é uma questão de mero subjetivismo. Todavia, arvorar-se na assertiva que Deus não existe é no mínimo uma prepotência intelectual desarrazoada, despida de logicidade e da mínima compreensão sistêmica. Ora, se somos limitados pelos nossos sentidos, incapazes de dar respostas a questões tão menores como a possibilidade da existência de vida em outros planetas do sistema solar...como é possível afirmar que Deus não existe, algo muito além do que a nossa vã inteligência é capaz de mensurar.
Ainda não tive o prazer de ler o livro recém-lançado pelo conterrâneo Padre João Batista Frota. Em breve com certeza comentarei com vocês. Padre João é massapeense, embora radicado em Sobral há muitos anos. Tenho por ele uma profunda admiração. Não tenho dúvida de que se trata de uma excelente leitura. Li na última edição de o Jornal Correio da Semana um belo artigo do Professor Teodoro Soares e resolvi transcrever in verbis: Monsenhor João Batista Frota, professor emérito da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), depois de publicar “Marcos de esperança” e “Construindo o amanhã”, lança nesta semana seu mais recente livro “Procurando as pegadas de Jesus”. Padre João nos faz viajar com ele, ao descrever cenários e circunstâncias de sua viagem ao Oriente, ora de trem que chega a perder numa estação, ora de navio que lhe faz dançar sem querer. Seu trajeto inclui espiritualidade e realidade hodierna. Preparado para recitar o salmo 122 (“nossos passos já se detêm às tuas portas, Jerusal
Kant deixou a coisa muito clara na Crítica da Razão Pura: sim, somos seres sensoriais e, portanto, muito do mundo no escapa e escapará sempre. Se nossa percepção é, talvez, a maior das portas de entrada, então é desprovido de comprovação tanto a inexistência quanto a existência de Deus. Isso por algo simples: ineficácia absoluta do meio. Nossos instrumentos de percepção sensorial (humanos, frise-se!) não captam.
ResponderExcluirQuanto à logicidade, bem, lógica é lógico e está a um fio de distância do sufismo.
Independente de crenças, o debate é interessante...