Por equívoco, imaginamos o tempo como algo manipulável e que sempre está à nossa disposição. Estabelecemos nossos projetos para o futuro e, quando adiamos o cronograma de execução, por uma desculpa ou outra, somos suficientemente prepotentes a ponto de imaginar que mais uma vez o tempo irá esperar nossa demora. Vandré já dizia que “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Algo nos parece enigmático: Podemos controlar o tempo, adiando nossos planos e projetos? Somos senhores do tempo? Ledo engano, afinal o tempo não para. O que temos de concreto é o dia de hoje, mais precisamente o agora. Esse raciocínio impõe refletirmos sobre muitos aspectos de nossas vidas em que deixamos o tempo passar e as oportunidades irem com ele, ficando um rastro de frustração. Quantas vezes na vida não guardamos aquele whisky escocês, a lingerie francesa, o vestido daquele costureiro famoso para uma “ocasião especial”. Ficam lá envelhecidos pelo tempo, esperando o momento oportuno de entrar em cena. Ad