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Alguns quilômetros a mais, POR MENALTON BRAFF

Depois de um período conturbado em que me envolvi com algumas viagens e outros compromissos, estes matinais, voltei às minhas caminhadas.
Em algum lugar já disse (não me lembro se foi aqui) que não sou fã de exercícios físicos, nunca fui. Não me envergonho de dizer que no colégio nunca fui escolhido para a seleção de qualquer modalidade esportiva da escola, e que este fato não chegou a me criar traumas na adolescência. Naquele tempo ainda não tinham inventado o bulling e vivíamos todos pacificamente, às vezes dando e recebendo sopapos, o que era muito saudável e nos ensinava a viver.
Agora é diferente. O dr. Flávio Gambi, meu cardiologista, exigiu-me algum tipo de atividade física como modo de manutenção da carcaça. Depois de um infarto, ele disse, que eu escolhesse: caminhada ou remédio. Melhor ainda: caminhada e remédio. Como os remédios andam o olho de nossa cara em noite de tempestade, concordei em fazer minhas caminhadas de uma hora exata e religiosamente e cinco vezes por semana. Isso tem lá seu lado econômico, pois elimino a necessidade de alguns remédios suplementares.
Não sei se estou certo, mas por culpa da atrapalhação com as viagens, passei uma temporada sem botar o corpo a trabalhar. Resultado: minha pressão aumentou a um nível que me deixou com medo; e não há analgésico que me acabe com a dor de cabeça.
Sem escolha, voltei às ruas. Uma hora me parece muito tempo para dedicar ao corpo, mas me lembrei de uma frase que meu falecido pai atribuía a Juvenal, poeta satírico romano, atribuição que aceito como verdadeira por não ter meio de negar: Mens sana in corpore sano. Não que vá aderir à “geração saúde”, que só pensa no corpore sano, isso não. Mas reconheço que preciso dele, do corpore, então é melhor mantê-lo sano.
Meu companheiro de caminhadas, aquele que vai cronometrando tudo, como se isso fizesse alguma diferença, afirma, para minha surpresa, que tenho melhorado sensivelmente o desempenho físico. Quando sozinho penso no assunto, não deixo de sentir um pouco de vergonha. Será que ainda me faço atleta? Isso na minha idade seria um desastre federal.
Andei estudando o assunto (atualmente qualquer mané como eu lê umas frases na Wikipedia e diz que estudou o assunto, como anda leve o mundo: e superficial) e não encontrei solução para esta tendência serôdia às atividades físicas.
Tenho esperança de que ainda se invente uma pílula-da-caminhada, que se possa tomar enquanto se lê um bom livro, escreve-se uma crônica ou qualquer coisa assim.

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