Pular para o conteúdo principal

sucessão presidencial: O DESAFIO DOS CANDIDATOS, por Merval Pereira



O desafio dos candidatos.
O professor Cesar Romero Jacob, da PUC do Rio, especialista em análises eleitorais a partir da divisão geográfica dos votos, destaca que a cada década tivemos um desafio, e hoje nenhum dos candidatos está conseguindo decifrar qual o desafio desta década. Quem interpretou corretamente esse desafio levou a eleição nas vezes anteriores, comenta Romero Jacob.
Na década de 1980, o desafio era o político, transitar da ditadura para a democracia. Ali havia uma palavra de ordem fácil de entender: diretas-já. Nos anos 90 o desafio era outro, acabar com a inflação. Sobretudo depois que o Plano Real consegue acabar com a inflação, ficou fácil compreender o desafio. “Esses são temas que permeiam todos os grupos sociais, e é o elemento de unificação dos diversos segmentos”, destaca o professor da PUC.
No ano 2000, tivemos a questão da inclusão social, que se materializou no Bolsa Família. Em todos esses anos tivemos intérpretes desses momentos que acabaram catalizando os anseios da sociedade, fossem Fernando Henrique Cardoso pelo PSDB e Lula pelo PT. Hoje, diz Romero Jacob, a divisão é socioeconômica e não geográfica. A divisão de votos por classes mostra Aécio muito bem nas classes A e B, a Dilma muito bem nas classes D e E, e a classe C é a que reproduz essa divisão nacional e pode, segundo ele, decidir a eleição para um lado ou para o outro.
Hoje ainda não há uma palavra de ordem que congregue todos os setores da sociedade, o que há são demandas segmentadas, constata Romero Jacob. As classes A e B estão preocupadas com a ética na política, uma agenda moral e mais o tema do crescimento da economia. As classes D e E não têm uma agenda moral, a preocupação delas é a preservação do Bolsa Família. E a classe C “de certo modo será a chave para que o candidato leve uma palavra de ordem comum”.
Das manifestações públicas do ano passado até hoje, a diferença entre o padrão Fifa e o que existe no Brasil nos serviços públicos é o que unifica as classes, diz ele. As classes A e B já desistiram de uma educação pública de qualidade, vão para as escolas privadas, ou uma saúde de qualidade, vão para os planos de saúde, ou um transporte público de qualidade, andam de carro.
Já a classe C precisa dos serviços públicos de qualidade para poder manter seu padrão de vida, e as classes D e E dependem deles para trabalhar e sobreviver.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

COLÉGIO LUCIANO FEIJÃO COMEMORA A CONSAGRAÇÃO DO BRASILEIRO MAIS JOVEM A INGRESSAR NO ITA

A saga do aluno do Colégio Luciano Feijão, Ronaldo Chaves, com apenas 15 anos, que se tornou o brasileiro mais jovem a ingressar no ITA - Instituto Tecnológico da Aeronáutica, é destaque no facebook, na página dedicada aos nordestinos brilhantes. Ronaldo Chaves foi aluno do Colégio Luciano Feijão, é de Sobral, orgulho de todos os cearenses.  

PADRE JOÃO BATISTA FROTA LANÇA O LIVRO “NAS PEGADAS DE JESUS”

Ainda não tive o prazer de ler o livro recém-lançado pelo conterrâneo Padre João Batista Frota. Em breve com certeza comentarei com vocês. Padre João é massapeense, embora radicado em Sobral há muitos anos. Tenho por ele uma profunda admiração. Não tenho dúvida de que se trata de uma excelente leitura. Li na última edição de o Jornal Correio da Semana um belo artigo do Professor Teodoro Soares e resolvi transcrever in verbis: Monsenhor João Batista Frota, professor emérito da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), depois de publicar “Marcos de esperança” e “Construindo o amanhã”, lança nesta semana seu mais recente livro “Procurando as pegadas de Jesus”. Padre João nos faz viajar com ele, ao descrever cenários e circunstâncias de sua viagem ao Oriente, ora de trem que chega a perder numa estação, ora de navio que lhe faz dançar sem querer. Seu trajeto inclui espiritualidade e realidade hodierna. Preparado para recitar o salmo 122 (“nossos passos já se detêm às tuas portas, Jerusal

NOSSA RECONHECIMENTO AO DR. FERNANDO TELES DE PAULA LIMA

Não tenho dúvidas de que a magistratura cearense tem em seus  quadros  grandes juízes, mas destaco o Dr. Fernando Teles de Paula Lima como um dos maiores expoentes dessa nova safra. Durante os dez anos de atuação na Comarca de Massapê nunca se ouviu falar de qualquer ato que desabonasse sua conduta. Ao contrário, sempre desempenhou sua árdua missão com a mais absoluta lisura e seriedade. Fato inclusive comprovado pela aprovação de seu trabalho junto à população de Massapê. Ainda hoje me deparo constantemente com muitos populares que  lamentam sua ausência e afirmam que a sua atuação como Juiz neste município garantiu a tranquilidade e a paz da população. Sem dúvida a passagem do Dr. Fernando Teles na Comarca de Massapê marcou a história do judiciário deste município. Tive a satisfação de com ele conviver nesses dez anos. Aprendi bastante. Fui testemunha de um homem sério que tratava a todos da mesma maneira, não se importando com a origem social ou  a condição econômica. Jamais se cur