Já
tratei aqui no blog sobre a imperiosa necessidade do profissional
ser resiliente. Afinal, o que é resiliência? Se buscarmos o
conceito na física, veremos que resiliência é propriedade
de que são dotados alguns materiais, de acumular energia quando
exigidos ou submetidos a estresse sem ocorrer ruptura. O que isto tem
a ver com a vida profissional? Sabemos que hoje vivemos em mundo
dinâmico, onde tudo muda a todo instante e a toda hora. Embora essa
consciência seja evidente, o que se verifica no ambiente do trabalho
é que muitos profissionais se fecham em si mesmos, não se
permitindo olhar sua trajetória com outras possibilidades. Na
maioria das vezes são ferozes e contrários as mudanças. Não
suportam lidar com o “novo” e quando surge uma nova ideia, eles
se opõem e se resguardam no seu “mundo”, sob o argumento de que
aquilo não vai dar certo.
Essa
atitude de pseudo sobrevivência revela, na verdade, fragilidade e
absoluta ausência de resiliência. Então ficou fácil perceber que
resiliência no mundo trabalho é a capacidade que temos de adaptação
as mudanças, com a consciência plena de que a verdadeira
sobrevivência no mercado competitivo exige do profissional um olhar
aberto para as diversidades, abolindo preconceitos e superando a
insidiosa zona de conforto. Exige mais ainda uma ação propositiva,
sempre alicerçada pela “atitude”. É preciso andar um metro a
mais sempre, surpreendendo e se antecipando aos cenários. Afinal,
sempre há uma maneira de se fazer melhor aquilo que costumeiramente
se conceitua “rotina de trabalho”.
Então,
como ser resiliente na vida laborativa? É óbvio que a junção
dessas qualidades não surge do nada. Faz-se necessário cultivar
valores e apostar muitas cartas nas relações interpessoais, sabendo
lidar com as diferenças, catalisando energias e, principalmente,
aprendendo com as opiniões contrárias. Mais ainda: é preciso
estudar bastante. Isso não importa dizer que o objeto de estudo se
retringe à área de atuação profissional. Claro que é um ponto a
mais, todavia é preciso ir muito além: Aprender com os filósofos,
mergulhar na história e na sociologia, encantar-se pela arte e a
literatura.Em síntese, trata-se de ter uma visão holística do
mundo, permeada pela capacidade de vislumbrar o belo na criação
divina e nas coisas humanas, não perdendo a sensibilidade para
“escutar” e cercando-se da tão saudável “humildade”, que
nos faz compreender o quanto somos imperfeitos e do quanto
necesitamos do “outro” para alcançarmos o êxito nas batalhas da
vida.
Portanto,
ser resiliente é também perceber que o sucesso não é resultado
de uma ação individual, mas sim fruto de uma construção coletiva
em que a colaboração de cada um, direta ou indireta, faz a enorme
diferença. Por isso, o verdadeiro êxito não é subir ao pódio
sozinho, mas alcancá-lo ladeado de muitos companheiros de luta.
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