A Copa do Mundo de 2014 trouxe surpresas de todos os gêneros.
No campo, há um relativo equilíbrio nas disputas, fruto certamente da globalização dos esportes e dos intensos fluxos migratórios transnacionais, dos quais resultam, respectivamente, equipes nacionais constituídas por expressivo número de atletas que atuam no Exterior e uma grande participação de migrantes nas seleções europeias.
Fora do campo, salvo acontecimentos isolados, constata-se uma tranquilidade que reverteu as expectativas de tumultos, a exemplo do que ocorreu na Copa das Confederações. É uma evidência de que, quando há coordenação e integração, as forças responsáveis pela segurança pública são eficazes.
Além disso, impressiona a atitude civilizada dos torcedores japoneses, que recolhem o lixo após as partidas, em contraste com a barbárie do mercenarismo extremado de atletas africanos, que condicionam a participação nas disputas ao prévio pagamento das premiações, e o canibalismo do atleta Luis Suárez, lamentavelmente justificado por autoridades e pela imprensa uruguaias.
Falta conhecer o verdadeiro tamanho dos gastos públicos na Copa e da corrupção na construção dos estádios e obras periféricas. Sou pouco otimista quanto a surpresas agradáveis.
Leia a integra em A vida depois da Copa
Fonte: Blog do Noblat
Everardo Maciel é ex-secretário da Receita Federal. Escreve aqui quinzenalmente.
Comentários
Postar um comentário