"Em uma semana, mais cinco mortes por dengue foram confirmadas pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Com isso, os óbitos no Ceará chegam a 48 em 2011 e superam as ocorrências da última epidemia. Em 2008, 44 pessoas não resistiram à doença.
Das novas mortes, duas ocorreram em Fortaleza. A Capital contabiliza 21 registros. Os demais óbitos foram diagnosticados em Aratuba, Russas e Amontada. Todos por complicações de dengue. Semana passada, a Sesa emitiu nota informando o controle da epidemia anunciada por ela mesma dois meses atrás.
As 48 mortes de 2011 representam 17% de todos os óbitos confirmados pela Sesa desde 1986, quando a dengue chegou por aqui. De lá pra cá, 277 cearenses morreram vítimas da doença.
Como ainda há 31 óbitos sob investigação, a tendência é de que a quantidade aumente. “Mas as 48 mortes já significam que, com o passar do tempo, os casos estão ficando cada vez mais graves. Em países onde a doença foi erradicada há 100 anos, as epidemias são justamente de casos graves”, diz o biólogo do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Luciano Pamplona.
O quadro atual aponta a contaminação de 25.743 pessoas em 2011. Isso equivale 57% dos 44.508 casos de 2008 inteiro. Só na última semana, foram 2.512 novos doentes. A Sesa, contudo, aposta em declínio a partir de julho.
O arrefecimento deve durar até novembro. Esse é o período em que, historicamente, chove menos no Ceará. Logo, é pequena a chance de água ficar acumulada e o Aedes reproduzir-se.
Desde já, há preocupação com uma nova epidemia em 2012 por conta da entrada de um novo sorotipo do vírus que deixa toda a população susceptível. “Quando é reincidência, vem mais forte”, acrescenta Pamplona"
Fonte: Site Ceará Agora
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