NOTÍCIAS QUE NOS ENTRISTECEM: Professora sofre fratura em vértebra ao ser agredida por aluno na zona sul de SP
"Uma professora de 49 anos teve uma vértebra fraturada após ser agredida por um aluno da 1º série do ensino médio, no dia 25 de março, na Escola Estadual México, na zona sul de São Paulo. Ontem (1º), o conselho da escola se reuniu e determinou a expulsão do adolescente.
Segundo informações da Secretaria de Educação de São Paulo, a professora de geografia Sandra Helena Pinto sofreu um "empurrão" do aluno ao pedir que ele deixasse a sala de aula. Ainda de acordo com a secretaria, o pedido foi feito após o adolescente, de 16 anos, colocar os pés sobre a mesa.
Em decorrência da agressão, a professora caiu e bateu as costas no chão. Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital Nossa Senhora de Lourdes, onde foi diagnosticada uma fratura em uma vértebra. A vítima foi medicada e liberada.
De acordo com a secretaria, o aluno expulso será encaminhado a outra escola da rede estadual de ensino, mas não foi informado qual será a unidade.
Outro caso
Uma professora de 25 anos sofreu traumatismo craniano ao ser agredida por uma aluna de 15 anos, no dia 23 de março, na Escola Estadual Bahia, em Porto Alegre (RS).
Segundo a Polícia Civil, a professora da quarta série do ensino fundamental Gláucia Souza da Silva recebeu chutes e socos de uma adolescente --aluna da 8º série-- após uma repreensão dada à garota.
Ela foi socorrida no Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre, onde foi detectado que ela sofreu traumatismo craniano devido à queda."
FONTE: Folha on line
VAMOS NÓS: É lamentável quando vem à tona notícias como esta. Ficamos a nos perguntar para onde caminha a humanidade. Uma das mais honradas profissões - o mestre - vê-se aturdida pela dor, pelo desrespeito. Não bastassem os parcos salários e o pouco reconhecimento pelo trabalho, os professores têm agora mais um problema: salvar-se da violência praticada por seus alunos.
Na verdade, o que estamos assistindo é a degenerescência moral da sociedade. Perdeu-se o referencial de conduta. Trocou-se o diálogo pelo imperativo da violência. Tornamo-nos cada vez mais primitivos, mais nos parecemos com os nossos ancestrais. Relativizamos os postulados morais, sob o falso argumento da liberdade individual absoluta, e fizemos soçobrar a lápide que erguia a sociedade: a família.
Tudo isso é reflexo da deseducação e do desmoranamento da moral familiar, que não precisa ser autocrática, mas não pode se permitir ser permissiva apenas, ser absenteísta apenas. As atitudes dos filhos são muitas vezes projeções das atitudes dos pais. Nego-me a aceitar um pai que não vê o defeito do filho; que não aceita nenhuma crítica em seu desfavor. Este não educa, apenas corrobora com as piores práticas e com os piores erros. Ensina, na verdade, o filho a mentir, a errar. Essa falsa proteção promove o nascimento desse "monstros".
Educar, na acepção plena, é amar, orientar, repreender quando necessário, corrigir quando preciso. Tomar apenas uma dessas premissas não é correto. Aceitar tudo de bom grado, atender a todas solicitações dos filhos, não impor a eles nenhum limite é o caminho para torná-los homens frios, insensíveis, calculistas e egocêntricos.
Por isso, senhores pais, se educa pelo exemplo. Sejam exemplos para seus filhos! Faça-lhes escrever sua história com a tinta da dignidade, da honradez, do respeito ao próximo. Se agirem assim, um dia quem sabe, notícias como essas serão apenas tristes lembranças da decrepitude humana.
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